Modalidade tem sido opção para motoristas organizarem as finanças no início do ano, mas condições variam entre estados e instituições
Com a chegada do segundo semestre, já é hora de se planejar para os gastos do início de 2026. Entre eles, o pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) merece atenção especial.
Para muitos motoristas, o parcelamento é uma alternativa para aliviar o orçamento nos primeiros meses do ano. No entanto, é fundamental estar atento às condições oferecidas pelos estados e pelas empresas que intermediam o serviço.
Com valor do IPVA alto, orçamento dos motoristas é pressionado
O IPVA é um tributo estadual obrigatório cobrado anualmente, e o valor a ser pago varia de acordo com a alíquota estabelecida por cada unidade da federação e com o valor venal do veículo, geralmente com base na Tabela Fipe.
Em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo, as alíquotas podem chegar a 4% para carros de passeio. Com os reajustes constantes nos preços dos veículos, especialmente os seminovos, o valor do imposto tem aumentado significativamente nos últimos anos.
Parcelamento oficial: opção sem juros, mas com prazos rígidos
Nesse cenário, parcelar o IPVA em 2026 pode ser uma alternativa para quem deseja manter as finanças equilibradas sem precisar desembolsar o valor total à vista. A maioria dos estados brasileiros oferece a opção de dividir o IPVA em três, quatro ou até cinco parcelas mensais, sem juros adicionais, desde que o contribuinte siga o calendário de vencimento divulgado pelas secretarias da Fazenda locais.
O não pagamento das parcelas dentro do prazo resulta em cobrança de multa, juros e impede a emissão do licenciamento do veículo.
Parcelamento via cartão: alternativa com juros e riscos
Além das opções disponibilizadas pelo governo estadual, empresas privadas também oferecem o parcelamento do IPVA por meio de plataformas digitais ou aplicativos financeiros.
Nessas modalidades, é comum o pagamento ser realizado via cartão de crédito, com possibilidade de parcelamento em até 12 vezes. No entanto, diferente do parcelamento oficial, essa operação geralmente envolve a cobrança de juros, o que pode aumentar consideravelmente o valor final do imposto.
Por isso, antes de aderir a qualquer forma de parcelamento, é importante comparar as condições oferecidas. Se o contribuinte tiver saldo disponível para quitar o tributo dentro do calendário oficial do Detran, poderá até se beneficiar de descontos concedidos por alguns estados para o pagamento em cota única. Já optar por uma empresa intermediária pode ser útil para quem não dispõe de verba imediata, mas exige atenção redobrada para evitar endividamento.
Segurança na operação e planejamento são essenciais
Outro ponto que merece atenção é a confiabilidade da instituição intermediadora. Nos últimos anos, o aumento da demanda por parcelamento de tributos atraiu também golpes e sites falsos que simulam serviços de consulta ou pagamento.
A recomendação é verificar se a empresa está autorizada a operar pelo Detran do estado ou pela Secretaria da Fazenda, além de checar avaliações de outros usuários e buscar canais oficiais de atendimento.
Para motoristas que possuem mais de um veículo registrado, o parcelamento pode ser uma alternativa interessante para diluir os custos e manter o planejamento financeiro em dia. Neste caso, é recomendável montar uma planilha com os valores e prazos de cada IPVA, evitando esquecimentos e atrasos que gerem penalidades.
Mesmo com o apelo de aliviar o peso imediato no bolso, o parcelamento do IPVA deve ser encarado como uma decisão financeira consciente. Avaliar a própria capacidade de pagamento, entender os custos envolvidos e priorizar fontes seguras para a operação são passos fundamentais para transformar essa opção em um recurso positivo e não em uma nova dor de cabeça.
Escolher a forma de pagamento com base em informações claras e atualizadas é o caminho mais seguro para começar o ano com o carro regularizado e as contas sob controle.
