Vice-presidente Alckmin articula, ao lado de ruralistas e industriais, estratégia para reverter tarifa de 50% dos EUA; enquanto governo estuda prorrogação e novas oportunidades de mercado.
Então, gente, o clima no Planalto esquentou nesta semana: diante do anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, empresários do agronegócio e da indústria se reuniram com o vice‑presidente Geraldo Alckmin. A meta? Articular respostas eficazes para reduzir o impacto do chamado “tarifaço” de Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto . Vamos destrinchar os detalhes a seguir.
Empresários do Agro e Indústria se reúnem com Alckmin- o que está rolando?
A ordem partiu de Lula: criar um comitê com integrantes chave — Alckmin, os ministros da Fazenda, Casa Civil, Relações Exteriores e outros — e abrir rodada de diálogos com o setor produtivo
Pela manhã, Alckmin ficou com a indústria (calçados, têxtil, aviação, maquinário) e à tarde recebeu a nata do agronegócio: carne, café, suco de laranja, pescado etc — entre eles nomes como Renato Costa (JBS/Friboi), Pavel Cardoso (Café), Bruno Ferla (BRF/Marfrig)
O intuito? Ouvir de perto os riscos econômicos e comerciais, definir uma estrada conjunta Brasil‑EUA e evitar derrapagens diplomáticas — mas sem fechar a porta pra retaliação, se faltar saída .
Pontos levantados pelos empresários
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Evitar retaliações ríspidas: Recomendação clara do setor: não “confrontar os EUA” — diálogo é mais prudente .
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Pedir adiamento técnico do início da tarifa: Os players destacam que 15 dias (até 1º de agosto) é pouco pra organizar produção, logística e pactuar termos
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Foco em negociação pragmática: A mensagem tem sido evitar politização do tema e buscar soluções concretas — papel que o governo, com Alckmin no volante, se comprometeu a liderar
E Alckmin, o que tem dito?
Alckmin está jogando no ataque e na defesa. Considerou a tarifa “absolutamente inadequada”, destacou que oito dos dez principais produtos americanos entram com tarifa zero no Brasil e ponderou que o Brasil tem déficit comercial com os EUA
Ele ressalta também que, embora não esteja pedindo formalmente um adiamento, o governo está aberto à possibilidade, “se houver necessidade de mais prazo”
Além disso, Alckmin marcou reunião com empresas norte‑americanas, AMCHAM e cooperativas pra buscar interlocução direta e reforçar alinhamento bilateral
4. Táticas que estão no radar
🔍 1. Carta diplomática formal
Alckmin anunciou que o Brasil prepara carta a Washington, pedindo mais prazo e uma mesa pra diálogo
🪙 2. Entrada em novos mercados
Enquanto negocia com os EUA, o governo também acena pra quem quer escalar vendas: divulgou que 393 novos compradores surgiram desde janeiro de 2023 — uma estratégia pra diluir riscos
⚖️ 3. Lei de reciprocidade
O Legislativo aprovou a “Lei da Reciprocidade Econômica”. A arma existe, mas a senadora Tereza Cristina deixou claro: só como última alternativa. O intuito é deixar claro que Brasil tem resposta — mas evita retaliações surpresas
5. Perspectiva econômica
Do ponto de vista macroeconômico, a entrada de tarifas distorce cadeia global, prejudica planejamento e pressiona receita de exportações. No médio e longo prazos, pode elevar custos ao consumidor final — e Balança Comercial sente.
O comitê busca evitar impacto em Selic, inflação ou PIB — em especial nos primeiros meses, quando se aproveita o ciclo de recuperação estrutural brasileiro.
Consideraçoes finais
Alckmin opera com estratégia dupla: pressão moderada e diplomacia ativa. A mensagem é clara: Brasil busca reverter o aumento de tarifas dos EUA antes de 1º de agosto, mas está com radar apontado pra novos mercados — e com delicadeza política, jogando a carta da reciprocidade caso não haja conciliação.
Se esta articulação der certo, teremos um ganho enorme em termos de credibilidade do governo, segurança jurídica pras cadeias produtivas e confiança do mercado — cenário ideal pra turbinar o Adsense com anunciantes do setor agro e industrial.
Perguntas Frequentes sobre a reunião de Alckmin e empresarios(FAQ)
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O que é esse “tarifaço” dos EUA?
É uma sobretaxa de 50% anunciada por Trump sobre importações brasileiras, prevista pra valer em 1º de agosto de 2025. -
Quem está liderando a resposta do Brasil?
O vice‑presidente Alckmin, junto ao comitê formado por diversos ministérios (Fazenda, Casa Civil, Relações Exteriores etc.). -
Por que pedir mais prazo?
Empresários dizem que 15 dias é insuficiente para reorganizar logística, adaptar contratos e garantir fluxo de exportação sem prejuízo. -
O Brasil vai retaliar os EUA?
Existe a Lei de Reciprocidade como resposta possível, mas empresários e governo preferem evitar retaliações automáticas — só como último recurso. -
Como isso afeta a economia brasileira?
A tarifa pode interferir na balança comercial, reduzir receita das exportações e ter efeitos inflacionários. A estratégia atual é mitigar risco e encontrar novos mercados para equilibrar o shock.
Acompanhe de perto: os próximos dias serão decisivos. Se o Brasil conseguir um acordo ou postergação, evitamos rupturas; se não, já existe plano B — seja retaliação ou novo eixo de negócios.
E vocês? O que acham disso tudo?