Novo relatório da ONU revela que o Brasil está fora do Mapa da Fome em 2025. Número de pessoas em insegurança alimentar severa caiu, reforçando impacto de políticas sociais e programas de combate à pobreza.
Após anos de alerta, Brasil celebra avanço significativo na luta contra a fome. Segundo dados atualizados da ONU, o país voltou a ficar fora do Mapa da Fome em 2025 — feito que não ocorria desde 2018.O marco foi confirmado no mais recente relatório global da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), divulgado nesta segunda-feira (28). O estudo analisa os indicadores de insegurança alimentar em mais de 100 países e considera fora do Mapa da Fome os que têm menos de 2,5% da população em situação de subalimentação.
Brasil sai novamente do Mapa da Fome – Redução expressiva na fome severa
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De acordo com o documento, o número de brasileiros em insegurança alimentar grave — ou seja, sem acesso regular a alimentos em quantidade suficiente — caiu de forma significativa nos últimos dois anos. A queda está diretamente ligada ao reforço de políticas públicas sociais, como o programa Bolsa Família reestruturado, além de incentivos à agricultura familiar e ações emergenciais em regiões mais vulneráveis.
A ministra do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, celebrou os resultados e destacou que “o Brasil está novamente de pé na luta contra a fome”. Segundo ele, os investimentos do governo federal em segurança alimentar, somados a parcerias com estados e municípios, foram determinantes para a retomada dos avanços sociais.
Contexto histórico e retorno ao Mapa
O Brasil havia deixado o Mapa da Fome da ONU em 2014, quando os indicadores de insegurança alimentar estavam em seu menor nível histórico. No entanto, entre 2019 e 2022, o país voltou a figurar entre as nações monitoradas por apresentar índices crescentes de subalimentação, motivados principalmente por crises econômicas, cortes orçamentários e aumento da desigualdade social.
Entre 2021 e 2022, o número de brasileiros enfrentando fome chegou a 33 milhões, de acordo com estudos da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN). Hoje, esse número caiu drasticamente, segundo dados da ONU e do IBGE.
O que contribuiu para o resultado positivo
A saída do Brasil do Mapa da Fome foi resultado de um conjunto de fatores, entre eles:
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Ampliação do programa Bolsa Família, que passou a atender mais famílias e com valores reajustados;
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Criação de cozinhas solidárias e aumento de recursos para bancos de alimentos;
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Apoio à agricultura familiar, garantindo mais alimentos saudáveis nas escolas e feiras locais;
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Política de valorização do salário mínimo, aumentando o poder de compra das famílias de baixa renda;
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Parcerias com estados e municípios para identificar e apoiar as comunidades mais afetadas pela insegurança alimentar.
ONU destaca modelo brasileiro
O relatório da FAO também citou o Brasil como exemplo positivo de retomada de políticas públicas efetivas no combate à fome. A entidade destacou que a combinação entre transferência de renda, apoio à produção local e políticas de inclusão social é fundamental para garantir avanços sustentáveis.
Segundo os analistas da ONU, o Brasil mostra que é possível reverter cenários de crise alimentar com ações coordenadas e políticas bem estruturadas. O país aparece ao lado de outras nações que também conseguiram avanços importantes, como Vietnã, Peru e Etiópia.
Desafios permanecem
Apesar dos avanços, especialistas alertam que ainda há desafios importantes. A fome ainda persiste em bolsões de pobreza, especialmente em áreas urbanas periféricas e no semiárido nordestino. Além disso, a insegurança alimentar moderada — que inclui famílias com acesso instável à alimentação adequada — ainda atinge milhões de brasileiros.
A continuidade das políticas públicas, o monitoramento dos dados e o fortalecimento de redes locais de apoio são apontados como essenciais para manter o país fora do Mapa da Fome nos próximos anos.
Considerações finais
A nova saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU representa mais do que uma vitória estatística: é um reflexo concreto de que políticas públicas bem implementadas salvam vidas e garantem dignidade. Agora, o grande desafio é manter os avanços e garantir que nenhum brasileiro volte a enfrentar o drama da fome.
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